"A
alfabetização é algo que deveria ser ensinado
de forma sistemática, ela não
deve ficar diluída
no processo de letramento."
Magda Soares
Vejamos...
Você tem uma sala de aula, como sempre heterogênea, ou seja, seus alunos estão em níveis bem diferentes de leitura e de escrita. Você percebe isso desde a sua primeira avaliação diagnóstica e então surge uma dúvida muito frequente entre os alfabetizadores: "E agora?".
Muitas são as ideias, as sugestões, as teorias. Como fazer então? Como não deixar ninguém para trás? Como não favorecer uns em detrimento dos outros?
Conheço bem essas angústias e estou aqui para te ajudar! Não tenha medo, nem se ache um profissional ruim por ter dúvidas. Afinal são elas que movem o mundo e criam a evolução!
Primeiramente, vamos pensar em qual é o melhor caminho para garantir a aquisição da leitura e da escrita pelos alunos.
Já sabermos que identificar o nível de leitura e de escrita não soluciona os problemas de se alfabetizar, mas traz a necessidade de pensamentos como o que ensinar, como ensinar, quando ensinar, o que, como, quando e por que avaliar.
Um dos pensamentos que mais me acalma nessa hora é saber que eu não ensino nada a ninguém! Isso mesmo! Ensinar é uma pretensão absurda! Tudo o que sabemos até hoje aprendemos com alguém, mesmo que a intensão dessa pessoa não fosse a de nos ensinar... também aprendemos o que não fazer, falar, pensar. Não desmereço de forma alguma a profissão a qual há anos me dedico. Muito pelo contrário! Esse pensamento traz luz a uma responsabilidade ainda maior: a de mediar! A de atuar com excelência na zona de desenvolvimento proximal. Os que têm consciência disso agem com o olhar no aluno como ser humano, sabendo que ele também exerce o papel de aprendiz, mas não só esse. Assim, ver seu aluno como alguém, que como você está sempre aprendendo, faz dele uma pessoa muito mais capaz do que se podia supor apenas avaliando seu lado "aluno".
Considerando isso pensemos agora nos termos alfabetização e letramento. O que entendemos por um e por outro?
Alfabetização, mesmo na perspectiva do letramento é ensinar a ler e a escrever, de forma que o aluno reconheça que tal sinal gráfico representa tal som, que esses sinais são chamados letras e que se ordenam para escrever determinada palavra. Que essas palavras se ordenam para escrever uma frase, um texto e que todos esses escritos expressam nossos pensamentos e sentimentos, nossa opinião sobre determinado assunto. Além disso, é imprescindível saber que tudo ocorre mentalmente antes de aparecer no registro que outras pessoas poderão ler, e que nós mesmos podemos ler e reler, construir e reconstruir o texto tantas vezes forem necessárias para que ele efetive o seu papel de comunicar o que pretendemos. Isso difere muito de errar e corrigir. Compreender a escrita como um fazer e refazer constante, a leitura como forma de entender o dizer do outro e o meu próprio na escrita dele, fazem a diferença na hora de aprender e de me considerar um eterno aprendiz. Se assim eu penso, jamais sou incapaz.
Muitos alunos (e professores), por vezes creem que são incapazes, quando na verdade estão sempre redescobrindo.
Vamos considerar isso quando formos avaliar o que quer que seja e seremos infinitamente mais felizes, e nossos alunos também!
O conceito de letramento vem ampliar a ideia de alfabetização, orientando não só a importância do domínio da prática de codificar e decodificar, como também para o uso dessas habilidades em práticas sociais em que ler e escrever seja necessário. Segundo Magda Soares, o letramento "é o resultado da ação de ensinar e apreender as práticas sociais de leitura e escrita; é o estado ou condição que adquire um grupo social ou indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita e de suas práticas sociais. (SOARES, 1998)".Entendemos então que o processo que se inicia quando a criança começa a viver com diferentes manifestações de escrita na sociedade e se prolonga por toda a vida, com crescente possibilidade de participação nas práticas sociais que envolvem a língua. Desse modo, alfabetização e letramento são processos diferentes, mas indissociáveis e indispensáveis considerando a aprendizagem da leitura e da escrita.
Você tem uma sala de aula, como sempre heterogênea, ou seja, seus alunos estão em níveis bem diferentes de leitura e de escrita. Você percebe isso desde a sua primeira avaliação diagnóstica e então surge uma dúvida muito frequente entre os alfabetizadores: "E agora?".
Muitas são as ideias, as sugestões, as teorias. Como fazer então? Como não deixar ninguém para trás? Como não favorecer uns em detrimento dos outros?
Conheço bem essas angústias e estou aqui para te ajudar! Não tenha medo, nem se ache um profissional ruim por ter dúvidas. Afinal são elas que movem o mundo e criam a evolução!
Primeiramente, vamos pensar em qual é o melhor caminho para garantir a aquisição da leitura e da escrita pelos alunos.
Já sabermos que identificar o nível de leitura e de escrita não soluciona os problemas de se alfabetizar, mas traz a necessidade de pensamentos como o que ensinar, como ensinar, quando ensinar, o que, como, quando e por que avaliar.
Um dos pensamentos que mais me acalma nessa hora é saber que eu não ensino nada a ninguém! Isso mesmo! Ensinar é uma pretensão absurda! Tudo o que sabemos até hoje aprendemos com alguém, mesmo que a intensão dessa pessoa não fosse a de nos ensinar... também aprendemos o que não fazer, falar, pensar. Não desmereço de forma alguma a profissão a qual há anos me dedico. Muito pelo contrário! Esse pensamento traz luz a uma responsabilidade ainda maior: a de mediar! A de atuar com excelência na zona de desenvolvimento proximal. Os que têm consciência disso agem com o olhar no aluno como ser humano, sabendo que ele também exerce o papel de aprendiz, mas não só esse. Assim, ver seu aluno como alguém, que como você está sempre aprendendo, faz dele uma pessoa muito mais capaz do que se podia supor apenas avaliando seu lado "aluno".
Considerando isso pensemos agora nos termos alfabetização e letramento. O que entendemos por um e por outro?
Alfabetização, mesmo na perspectiva do letramento é ensinar a ler e a escrever, de forma que o aluno reconheça que tal sinal gráfico representa tal som, que esses sinais são chamados letras e que se ordenam para escrever determinada palavra. Que essas palavras se ordenam para escrever uma frase, um texto e que todos esses escritos expressam nossos pensamentos e sentimentos, nossa opinião sobre determinado assunto. Além disso, é imprescindível saber que tudo ocorre mentalmente antes de aparecer no registro que outras pessoas poderão ler, e que nós mesmos podemos ler e reler, construir e reconstruir o texto tantas vezes forem necessárias para que ele efetive o seu papel de comunicar o que pretendemos. Isso difere muito de errar e corrigir. Compreender a escrita como um fazer e refazer constante, a leitura como forma de entender o dizer do outro e o meu próprio na escrita dele, fazem a diferença na hora de aprender e de me considerar um eterno aprendiz. Se assim eu penso, jamais sou incapaz.
Muitos alunos (e professores), por vezes creem que são incapazes, quando na verdade estão sempre redescobrindo.
Vamos considerar isso quando formos avaliar o que quer que seja e seremos infinitamente mais felizes, e nossos alunos também!
O conceito de letramento vem ampliar a ideia de alfabetização, orientando não só a importância do domínio da prática de codificar e decodificar, como também para o uso dessas habilidades em práticas sociais em que ler e escrever seja necessário. Segundo Magda Soares, o letramento "é o resultado da ação de ensinar e apreender as práticas sociais de leitura e escrita; é o estado ou condição que adquire um grupo social ou indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita e de suas práticas sociais. (SOARES, 1998)".Entendemos então que o processo que se inicia quando a criança começa a viver com diferentes manifestações de escrita na sociedade e se prolonga por toda a vida, com crescente possibilidade de participação nas práticas sociais que envolvem a língua. Desse modo, alfabetização e letramento são processos diferentes, mas indissociáveis e indispensáveis considerando a aprendizagem da leitura e da escrita.