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E agora? Emília Ferreiro ou Ehri?

domingo, dezembro 14, 2014

Você já ouviu falar do modelo de Ehri? É um modelo do paradigma fonológico para entender o aprendizado da escrita e da leitura.

O texto “O Desenvolvimento da Escrita nos Anos Pré-Escolares: Questões Acerca do Estágio Silábico”, escrito por Cardoso-Martins e Corrêa (2008), apresenta um estudo investigativo sobre a evolução da escrita, exibindo resultados que sugerem ser modelo de fases de Ehri como o que fornece uma descrição mais apropriada do desenvolvimento inicial da escrita de crianças falantes do português brasileiro do que o modelo de estágios de Ferreiro.
De acordo com o estudo, no paradigma construtivista defendido por Ferreiro, o desenvolvimento da escrita é determinado por mudanças na capacidade lógica da criança, descrevendo as hipóteses que a criança constrói sobre a natureza da escrita nos anos pré-escolares e início dos anos escolares. Essa construção ocorre em três estágios, pré-silábico: que apresenta o princípio da quantidade mínima e o princípio de variações qualitativas, estágio silábico: que constitui uma manifestação da compreensão infantil de que a escrita representa a fala e o nível alfabético, que aponta para as semelhanças e diferenças sonoras entre as palavras e a escrita com a relação letra-som.
Mediante o paradigma fonológico, apresentado no estudo, a criança ao aprender a ler e escrever precisa compreender que as letras representam sons na pronúncia das palavras, desenvolvendo o conhecimento das correspondências letra-som e da consciência fonológica, desenvolvendo também a escrita. Segundo as autoras a escrita silábica provém da tentativa da escrita de letras cujo som a criança detecta na pronúncia das palavras, sejam vogais (mais frequentes) ou consoantes. Assim, ao invés dos estágios pré-silábico e silábico, seria mais apropriado considerar fases delimitadas pela habilidade crescente da criança de representar sons na pronúncia da palavra por unidades ortográficas foneticamente apropriadas.
 Os dois modelos se contradizem, uma vez que o modelo de Ferreiro argumenta que a hipótese silábica independe do conhecimento do nome e dos sons das letras, o de Ehri contrapõe que o conhecimento do nome e dos sons das letras é crucial para que a criança compreenda que a escrita representa a fala. O modelo de Ehri seria mais abrangente, visto que acomoda dados de línguas diversas, como o português brasileiro e o inglês, enquanto que o modelo de Ferreiro provém de observações constantes na língua latina.
Entretanto, os dois modelos consideram a criança como um ser ativo, que em idade pré-escolar explora o conhecimento do nome e dos sons da escrita. Assim, podemos definir os dois modelos, contraditórios em parte e complementares no todo, já que ambos apresentam informações relevantes acerca do desenvolvimento da compreensão da escrita pelas crianças.


CARDOSO-MARTINS, Cláudia  and  CORREA, Marcela Fulanete.O desenvolvimento da escrita nos anos pré-escolares: questões acerca do estágio silábico. 2008, vol.24, n.3, pp. 279-286 - disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722008000300003

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