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São tantas emoções...

domingo, fevereiro 03, 2008

As manifestações de tensão da criança de seis anos atingem o máximo dos cinco anos e meio aos seis. Entre essas manifestações incluem-se explosões de gritos, birras e agressões físicas aos pais.

Perde o domínio de si mesma, tanto que por vezes é necessário que a mãe a leve ao quarto e deixe-a pensando no que fez. A mãe pode então fazer como a Super Nany, e dar-lhe um cantinho de pensamento, tirar-lhe algumas coisas que a ajude a compreender que errou e ainda, fazer-lhe um quadro que a auxilie a lembrar-se de suas obrigações.

É a idade de roer as unhas, colocar os dedos na boca, coçar o nariz, enrolar os cabelos, bufar, xingar, pestanejar, limpar a garganta, contrair os músculos da face, abanar a cabeça, gaguejar são algumas das reações da criança dessa idade.

São tantas emoções...

As manifestações de tensão da criança de seis anos atingem o máximo dos cinco anos e meio aos seis. Entre essas manifestações incluem-se explosões de gritos, birras e agressões físicas aos pais.
Perde o domínio de si mesma, tanto que por vezes é necessário que a mãe a leve ao quarto e deixe-a pensando no que fez. A mãe pode então fazer como a Super Nany, e dar-lhe um cantinho de pensamento, tirar-lhe algumas coisas que a ajude a compreender que errou e ainda, fazer-lhe um quadro que a auxilie a lembrar-se de suas obrigações.
É a idade de roer as unhas, colocar os dedos na boca, coçar o nariz, enrolar os cabelos, bufar, xingar, pestanejar, limpar a garganta, contrair os músculos da face, abanar a cabeça, gaguejar são algumas das reações da criança dessa idade.

Cuidado com as roupas

As crianças de seis anos ainda não querem se vestir sozinhas e precisam ainda ser tratadas como as de cinco anos. Às vezes a mãe não precisa vestí-las toda, basta que esteja presente para que se sintam ajudadas. Também gostam de competir com os pais.
Dão muita importância às suas roupas, tendo preferência pelas cores fortes, sobretudo o vermelho. Mas ainda não têm cuidado com as roupas. Gosta de jogar as roupas, o que pode valer como brincadeira na hora de organizar o quarto. Gostam de tirar os sapatos, mas não de guardá-los. Também não atentam para onde os colocaram.

As meninas gostam que lhe prendam os cabelos e os meninos começam a se interessar em arrumá-los. Parecem ter o couro cabeludo muito sensível e as mães podem ter essa tarefa menos complicada se a criança puder fazer alguma atividade enquanto lhe arrumam os cabelos.

Banho

Algumas não gostam de tomar banho de noite, principalmente os meninos. Podem alegar que estão cansadas demais, o que não deixa de ser verdade. Mas é possível que o façam logo que cheguem da escola, antes do jantar.


Algumas preferem tomar banho sozinhas, outras preferem que sejam ainda os pais. Permanecem dando atenção especial as pernas e aos pés, embora a maioria dê mais atenção ao rosto e as mãos, mas não o faz naturalmente e age como se o rosto fosse só o seu nariz. Precisam ainda de ajuda para abrir as torneiras, para organizar o banho. Gosta de ficar na banheira e é difícil tirá-la de lá.


Começam a ter noção da sujeira dos outros, mas ainda não cuidam de si mesmas.
A mãe dizer-lhe que esqueceu de pedir que lavasse as mãos é melhor do que uma bronca sobre o assunto, pois a criança, assim como os adultos, sentem-se bem em saber que outros também podem errar.

HORA DE IR AO BANHEIRO

Intestinos
Mantém o mesmo funcionamento dos cinco anos. Porém, em algumas crianças, pode acontecer dos intestinos funcionarem involuntariamente, sem que possam evitar. Esses acontecimentos acabam por afetar mais os adultos do que as próprias crianças. Pode ficar envergonhada e ir se esconder em qualquer canto, mudando de roupa e se limpando. Na verdade, só por volta dos oito anos é que começam a conseguir usar o banheiro da escola. Dar-lhe broncas, fazê-la passar vergonha ou lhe bater são medidas que asseguram o fracasso das crianças.

Bexiga
É raro urinar-se nas roupas, mas ainda precisa ser lembrada para ir ao banheiro, pois permanece ansiosa e espera até o último segundo para ir ao banheiro. É recomendável que seja lembrada de fazê-lo antes de ir a algum passeio. Até os sete anos, pode acontecer que se urinem durante a noite.

Sono da criança de seis anos

Aos cinco anos e meio poucas crianças sentem vontade de cochilar e por pouco tempo. As de seis anos, se ainda sentem vontade, o deixam de fazê-lo por causa da escola. É raro resistir ir para a cama, chegando até a deitar-se mais cedo do que de costume.

São mais medrosas nessa idade, podem pedir que fiquem com elas até dormirem, ou ainda levar de um a três brinquedos para cama com elas. Tratam os brinquedos como se fossem verdadeiros amigos. Gosta que deixem a porta entreaberta e a luz do corredor acesa.

Gosta de ficar na cama ouvindo música, histórias que lhe contem, ou mesmo folheando um livro. O que é excelente oportunidade para lhe estimular a leitura.

Às vezes gosta que o pai lhe coloque para dormir, mas sua mãe ainda é a preferida.

Continuam os pesadelos dos cinco anos, mas agora aparecem pessoas estranhas neles, e os animais de antes, até mordem. Pode ser que acordem de sobressalto, assustadas com os sonhos, chamem os pais e peça que fiquem com eles ou para que possam ir para suas camas, até adormecerem novamente.

Dividem-se entre os madrugadores e os dorminhocos. Novamente dois extremos... Quando levanta-se, arranja-se sozinha, vai ao banheiro, procura comida, mas, prefere brincar do que se vestir. Entretanto, se vê sua roupa arrumada em um canto, pode vesti-las sozinha.

Levantam-se para ir ao banheiro à noite, mas não mais avisam os pais do que foram fazer.

Pode querer falar com a mãe sobre coisas que aconteceram durante o dia e para as quais precisa de ajuda para entender. Gosta que lhe falem de Deus e que rezem com ela.

A criança de seis anos

Bibliografia: GESELL, Arnold. A criança dos 5 aos 10 anos. Publicações Dom Quixote. Editora Império. Lisboa/Portugual. 1977.
Segundo Geisell, as características da criança não devem ser vistas como normas rígidas ou modelos. São apenas exemplos de como a criança nessa idade pode se comportar. “Cada criança tem um esquema pessoal de desenvolvimento, que é único”.

Seis anos é uma idade de transição, que começa aos cinco anos e meio. A criança sofre modificações fundamentais, somáticas, químicas e psicológicas. Começam a cair os dentes de leite, romper os primeiros molares permanentes. Sentem-se orgulhosas de perder os dentes e acreditam nas fadas e nas brincadeiras que se fazem com eles. Ela não é uma criança de cinco anos crescida e melhor, é uma criança diferente, uma criança em transformação. Transformação essa que se equivale à erupção de seus molares. Nela surgem novas propensões, impulsos, sentimentos e ações, devido a modificações profundas que estão ocorrendo no desenvolvimento do seu sistema nervoso. Submetida a mais leve tensão, essa criança pode apresentar comportamentos extremos. Ela reage a tudo com muita energia. Chora muito ou ri muito e muda de um para o outro, voltando para o primeiro. Eu te amo e eu te odeio andam cirandando de braços dados nessa fase. É enfim, uma criança impulsiva, diferente, volúvel, dogmática, compulsiva e excitável. É espontânea e precisa de orientação.

Toda escolha é muito difícil e mesmo depois de feita, não é definitiva. Ela manifesta bipolaridades de maneiras muito diversas, saltando de um sentimento, ou ação para o oposto rapidamente. Parece mesmo que para definir o que não quer, ou não pode fazer, precisa antes fazê-lo.

Suas decisões se baseiam no “código de Talião” – “Olho por olho, dente por dente!”. Você me ajuda e eu te ajudo, você me bate e eu te bato. Simplesmente assim. A nós adultos, cabe lhe desencorajar as atitudes irresponsáveis, reconhecendo que esses impulsos agressivos são experiências novas para ela. Podemos dizer-lhe que está agindo mal, mas não adianta perguntar-lhe porque fez isso ou aquilo, pois ela não saberá responder. Ela precisa de orientação e do comando da autoridade adulta.

Quer sempre ser a primeira, quer sempre ganhar e quer que gostemos mais dela do que das outras crianças. Suas maneiras são geralmente breves: “Obrigado”, ou “Dá licença”, mas nada de formalidades, pois ela não consegue abstraí-las.

Na escrita, tende a fazer as letras viradas. Os pares são seus preferidos, dois é melhor do que três. Brinca melhor com um colega do que com dois.

É nessa idade, de seis anos, que a criança mostra-se mais interessada em festas. O que não significa que se comporte nelas como os adultos esperam.

A professora que a entende bem, interpretando sua energia como sinal de um processo de crescimento, pode orientá-la melhor, fazendo da sala de aula um ambiente harmonioso, onde a criança se sentirá segura.

A dramatização que a criança faz é um mecanismo natural, perante o qual a criança organizar seus sentimentos e pensamentos. Ela está na idade do concreto, identifica-se com tudo o que está ao seu redor, com as figuras e letras, com os números e sente necessidade de projetar suas atitudes mentais e motoras em situações de sua vida cotidiana. A escola precisa, portanto, favorecer-lhe a organização simultânea de suas emoções e aprendizado. Essa criança não aprende decorando, mas participando de atividades criadoras. Assim, ela gosta de jogos representativos, dramatizações (que não são meras pecinhas de teatro adaptadas para sua idade), imitações, desenhos e montagens. Sua mente ainda não está preparada para o ensino formal da leitura e da escrita, nem da matemática. Essas matérias precisam lhe parecer vivas, associadas com criatividade e experiências motoras vividas.

Uma professora cordial lhe dará confiança no mundo. A criança de seis anos gosta de rotinas sociais, gosta de ritos e convenções, em cuja repetição diária possa confiar, podendo até demonstrar desgosto se a professora mudar o jeito de prender o cabelo. Pode ser que, por fazer constantes descobertas, anseie por ter alguns pontos fixos em sua mente.

Ela está se ajustando em dois mundos, o de casa e o da escola. A transição do mundo familiar para o escolar é tão sério que pode chegar a provocar verdadeiras cólicas e reações emocionais sérias. Deixa a mãe na porta da escola, um conversa da mãe com a professora, a troca de professores, uma visita inesperada da mãe fazem sofrer as crianças, ainda mais se forem imaturas e sensíveis. Se a professora tem personalidade seca e severa, se tem métodos disciplinares e pedagógicos rígidos e dão importância demais ao ensino acadêmico, a competição e aos resultados dos alunos, só atrapalhará a vida desses pequenos.